quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A REPRESENTAÇÃO ESPACIAL E A LINGUAGEM CARTOGRÁFICA

As atividades dos profissionais que trabalham com produtos cartográficos (sejam aqueles que idealizam ou que elaboram esses produtos) têm sido destacadas nos últimos anos, ganhando cada vez mais importância e visibilidade na atualidade, onde as chamadas geotecnologias são empregadas. Todavia, conceitos e categorias da cartografia não podem ser esquecidos, pois a ausência desses elementos dificulta o entendimento do que se pretende representar cartograficamente. Assim, a orientação, o título, a escala, a projeção e a legenda são conceitos-chave importantes para a leitura e entendimento do espaço geográfico, caso contrário, as ações mecânicas que se estabelecem com o “apertar botão”, existentes em softwares de geoprocessamento podem colocar uma cortina sobre fatos importantes, que encobrem a capacidade crítica do profissional em entender o seu objeto de estudo. Mais do que a discussão das ferramentas cartográficas, deve-se atentar para os conceitos e categorias da ciência cartográfica na compreensão do espaço geográfico. Esse ensaio é uma contribuição nesse sentido.   Leia Mais...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

CARTOGRAFIA DAS PERCEPÇÕES AMBIENTAIS-TERRITORIAIS DOS PESCADORES DO ESTUÁRIO AMAZÔNICO COM UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE GEOINFORMAÇÃO

A percepção ambiental-territorial está presente em todos os aspectos sensíveis das pessoas, pois sentir o espaço é perceber sua existência. Este trabalho procura realizar uma discussão a respeito da questão ambiental e territorial, fazendo um diálogo de como a percepção dessas estruturas, objetivas e subjetivas, são compreendidas por pessoas que realizam atividades cotidianas em determinados espaços, aqui enfocando os trabalhadores da pesca. Buscou-se uma fundamentação teórica condizente com o assunto e a utilização de produtos cartográficos que exemplifiquem e retratem no espaço a temática proposta. Como os pescadores artesanais percebem e interagem no ambiente/território determina a cartografia por eles materializada, o resultado dessa percepção é a delimitação concreta de suas territorialidades no espaço.             Leia Mais...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

PAPERS DO NAEA Nº 287: PESCADORES RURAIS DE PEQUENA ESCALA E O CO-MANEJO NO BAIXO AMAZONAS

Na Amazônia brasileira, iniciativas comunitárias para regular a exploração dos lagos de pesca na várzea já tem uma história antiga (De Castro 1999). A natureza dessas iniciativas tem evoluído rapidamente desde 1960, quando a expansão da pesca comercial levou ao aumento dos conflitos entre pescadores comerciais itinerantes e pescadores locais residentes da várzea (McGrath et al. 1993, De Castro 1999, Oliveira & Cunha 2000, Pereira 2000, Smith 2000).    Leia Mais...

sábado, 19 de maio de 2012

A ATUAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS NA ATIVIDADE PESQUEIRA E O USO DE GEOTECNOLOGIAS NA AMAZÔNIA

A atividade pesqueira sempre foi, e continua sendo, uma importante fonte de alimento para o consumo humano. Não obstante, pesquisas recentes vêm corroborando com o acréscimo na explotação pesqueira em nível mundial (BERKES et al, 2006), processo impulsionado pela extração indiscriminada dos recursos naturais, tanto os florestais no caso continental, quanto os pesqueiros em ambientes fluviais e marítimos. Como reflexo da necessidade em melhor gerir e utilizar os recursos naturais, os grupos humanos se agregam em organizações capazes de mobilizar contingentes populacionais em prol de um objetivo comum. Além da mobilização de instituições, novas geotecnologias – tecnologias computacionais que auxiliam na espacialização de objetos e fenômenos que ocorrem na superfície da Terra, vêm se destacando como subsídio no manejo e ordenamento dos recursos naturais, entre estes os pesqueiro. Nesse enfoque, este trabalho vem discutir, com base em pesquisa bibliográfica, entrevistas com representantes de organizações governamentais e experiências de campo realizados na região amazônica, qual é o atual papel desempenhado por essas instituições que trabalham com a atividade pesqueira e qual o uso das chamadas geotecnologias no processo de ordenamento pesqueiro, gerenciado por estes órgãos, em suas regiões de ação, com ênfase para a região amazônica.   Leia Mais...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

GEOPROCESSAMENTO E ANÁLISE ESPACIAL: UTILIZAÇÃO DE FERRAMENTAS ESPACIAIS (BUFFER E O MAPA DE KERNEL) NO MONITORAMENTO AMBIENTAL

Nos últimos anos, observando as atividades desenvolvidas pelos órgãos públicos, pode-se verificar que as geotecnologias (sensores remotos, equipamentos e técnicas de geoprocessamento, sistema de posicionamento global, sistemas de informações geográficas, etc.) ainda são ferramentas sub-utilizada para gestão dos recursos naturais. Essas tecnologias cartográficas são importantes subsídios eficazes no gerenciamento, monitoramento e fiscalização ambiental nas esferas governamentais (federal, estadual e municipal), além das potencialidades expressivas de aplicação no setor privado. É visível que alguns parâmetros e técnicas de posicionamento global e de sensoriamento remoto já são amplamente utilizados no setor florestal, mineral e em boa parte das outras atividades que são realizadas em áreas continentais. Contudo, os produtos cartográficos gerados ainda são utilizados somente de forma figurativa, para a localização em um espaço maior (como em um mapa de situação), onde a abordagem critica sobre os objetos e fenômenos não é discutida e não aprofundam suas análises espaciais, por meio da aplicação de algoritmos que podem ser encontrados em softwares de geoprocessamento (mapa de kernel, buffer, krigagem, lógica fuzzi, boleana, etc), que otimizam o uso das geotecnologias e tornam a análise espacial um instrumento extremamente significativo para o ordenamento/manejo dos recursos naturais e suas áreas de influência.    Leia Mais...

quarta-feira, 7 de março de 2012

A CARTOGRAFIA EM SALA DE AULA NA EXPLICAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Nas últimas décadas, a Cartografia passou por uma série de transformações, notadamente com relação às técnicas de elaboração e representação cartográfica, com ênfase para os progressos alcançados com o uso de computadores e os avanços na coleta de informações espaciais, por meio de sensores remotos. Nesse sentido, é importante analisar os processos de mudanças na arte/técnica/ciência/disciplina cartográfica, considerando as novas (geo)tecnologias e as transformações que o homem vem imprimindo no espaço geográfico nos últimos anos. Entretanto, ao lembrarmos das relações que se processam na sociedade é necessário, também, observarmos a atividade dos educadores que se atém a ensinar como o espaço geográfico é ocupado e como as relações entre os indivíduos interferem na configuração das paisagens. Desse modo, o papel do educador em suas atividades devem direcionar à criticidade dos alunos, de modo que ambos reflitam, diretamente, na formação do profissional/cidadão que está sendo formado e como este também agirá nas obras humanas e naturais.      Leia Mais...

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O ATLAS GEOGRÁFICO ESCOLAR IMPRESSO NO ENSINO DE GEOGRAFIA: UMA BREVE ANÁLISE DE ERROS E AUSÊNCIAS NOS MAPAS

Os Atlas Escolares em formato impresso são recursos didáticos utilizados por professores de Geografia desde que a ciência Geográfica fora institucionalizada como uma disciplina escolar sistematizada. Nesse contexto, destaca-se a forma em que o ensino da geografia é repassado tradicionalmente, que se caracteriza pela diferenciação e descrição dos lugares, objetivando a repetição excessiva das características regionais, que possibilita aos discentes, muitas vezes, apenas uma breve memorização de informações geográficas, por meio de imagens e símbolos, de forma ilustrativa, sem que ocorra a discussão crítica dos aspectos socioeconômicos das diferentes regiões da superfície terrestre. Ainda nos dias de hoje é notável que esse recurso, o atlas, tem fundamental importância para o processo de ensino-aprendizagem, não somente de geografia, mas de outras disciplinas, que, de alguma forma, estudam a superfície terrestre. Porém, em algumas escolas, observa-se que essa ferramenta não é utilizada em todo o seu potencial pelos educadores, devido ao fato de apresentarem os mapas de maneira estática, com seus conteúdos repetitivos ou descontextualizados, fazendo que esse instrumento tenha um caráter desinteressante para os educadores e alunos.    Leia mais....