quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

INTERPRETAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E ANÁLISE MULTITEMPORAL DE IMAGENS DE SENSORES REMOTOS: ESTUDO DE CASO DA OCUPAÇÃO E EXPANSÃO NO DISTRITO DE OUTEIRO EM BELÉM – PARÁ (1984-2008)

O sensoriamento remoto é hoje uma das ferramentas de maior importância para a obtenção de informações da superfície terrestre, tendo como princípio a obtenção dos objetos e fenômenos da superfície da Terra sem contato físico e de forma sistemática, assim como em um intervalo de tempo regular, que pode variar em dias ou anos, dependendo da revisita do sensor pela área imageada anteriormente. Para Rocha (2000), o sensoriamento remoto pode ser definido como a aplicação de dispositivos que, colocados em plataformas terrestres (torres, postes, edifícios, etc), sub-orbitais (aviões, balões, etc) ou orbitais (satélites), nos permitem obter informações sobre objetos ou fenômenos na superfície da Terra. Para a geração das informações produzidas os locais da manifestação dos fenômenos não precisam necessariamente estar próximos de onde os dados são coletados, daí o nome Sensoriamento Remoto (BLASCHKE; KUX, 2005; JENSEN, 2009).    Leia Mais...

sábado, 10 de dezembro de 2011

O USO DE ATLAS DIGITAIS NO ENSINO DE GEOGRAFIA E CARTOGRAFIA


Para o ensino de cartografia é importante considerar o uso de todas as ferramentas disponíveis para que o educador possa explicar melhor os fenômenos que se processam no espaço geográfico. Entre essas ferramentas destaca-se o uso de atlas geográfico (como conjunto de mapas) no desenvolvimento e na sistematização do ensino de geografia, pois foram pelo uso dos atlas escolares impressos, utilizados em sala de aula, que os mapas passaram a ser utilizados como uma ferramenta de ensino nas escolas, com objetivo de auxiliar aos estudantes durante sua aprendizagem. Contudo, os atlas escolares impressos sempre foram manuseados de forma pronta e acabada, chegando às mãos dos alunos como um objeto externo à sua realidade, meramente como um recurso ilustrativo, sem vinculação direta com o assunto trabalhado em sala. Esse fato, na maioria das vezes, se deve pela falta de uma postura de compromisso com o processo de ensino-aprendizagem de quem trabalha com este recurso e de quem os idealiza.    Leia Mais....

domingo, 27 de novembro de 2011

A REPRESENTAÇÃO ESPACIAL E A LINGUAGEM CARTOGRÁFICA

As representações espaciais estão presentes na vida do Homem, antes mesmo da escrita e da fala. Por meio de símbolos e desenhos é que o Homem representa suas primeiras apreensões do real, em que delimita e ocupa efetivamente o seu território (MORALES, 2008). No entanto, com o avanço das técnicas cartográficas e por meio do uso de recursos modernos que possibilitaram o Homem a ocupar os diversos lugares da Terra, criando cidades, estados, e outros fenômenos e objetos, a representação espacial passou a ganhar formas mais precisas por meio de representações cartográficas mais próximas do real. Seguindo convenções internacionais – principalmente a partir dos últimos séculos, estas representações simbólicas foram sendo aperfeiçoadas com o advento das fotografias aéreas e, posteriormente, com o desenvolvimento de imagens de sensores remotos embarcados em satélites, fato que não era possível em tempos passados, onde a produção cartográfica – basicamente de mapas impressos em papel, era artesanal......   Leia mais...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A EVOLUÇÃO CARTOGRÁFICA: DA PLACA DE BARRO AO COMPUTADOR


Desde épocas antigas a sociedade sempre tentou representar/mapear o espaço em que vivia, seja como forma artística ou em busca de representar os locais de convívio ou de alimentação. No decorrer dos anos, técnicas e ferramentas foram agregadas a essas tentativas de ler e compreender o espaço geográfico, aperfeiçoando as leituras sobre os lugares do planeta Terra. Como exemplo, podemos citar a invenção de equipamentos que nos ajudam em nossa localização, como a bússola, o astrolábio, o Sistema de Posicionamento Global (GPS), e outros instrumentos que ajudaram em algum momento, ou ainda facilitam a localização dos objetos e a representação da superfície terrestre.   Leia Mais

terça-feira, 15 de novembro de 2011

UM COMENTÁRIO SOBRE O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E SEUS REFLEXOS NAS POPULAÇÕES TRADICIONAIS AMAZÔNICAS


O consumismo predatório e supérfluo gerado pelo processo de globalização e alimentado com o uso indiscriminado dos recursos naturais faz com que a sociedade se imponha cada dia mais a necessidade de ter objetos desnecessários à vida ou à subsistência puramente física para a existência do ser humano. Com esse fato, de imposição sociocultural do que é necessário e desnecessário para a subsistência humana, o caboclo amazônida aparece como mais um dos personagens, dos quais o padrão homogeneizador da globalização tenta englobar e com isso padronizar a cultura cabocla para especificar o que é e o que não é sustentável para o habitante da região amazônica. O debate que aqui se propõe é de fazer uma breve exposição sobre o conceito de desenvolvimento e algumas de suas vertentes, como o crescimento econômico, sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável, e busca, ainda, discutir resumidamente a sustentabilidade para os habitantes tradicionais amazônidas, nesse caso, o caboclo amazônida.    Leia Mais,,,,

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

PERCEPÇÕES AMBIENTAIS-TERRITORIAIS DE PESCADORES DO ESTUÁRIO AMAZÔNICO


O território é um espaço natural ou humanizado, onde ocorre uma delimitação qualquer, com um uso ou múltiplos usos que implicam na manifestação de Poder, podendo gerar ou não conflitos entre os personagens que vivem ou que se apropriam subjetivamente e efetivamente deste espaço (SILVA, 2008). Desse modo, verifica-se que a problemática que envolve a apropriação do espaço por diversos personagens causa preocupação e interesse na maioria dos estudiosos que se atêm a estudar o espaço geográfico, apropriado pelo homem. Da territorialização do indivíduo surgem diversas territorialidades, sendo que o ato de se territorializar é intrínseco dos seres humanos, pois estes necessitam de espaços próprios para realizarem suas atividades e para delas sobreviverem. O reflexo dessas territorialidades materializa-se no espaço humanizado; percebido e pensado pelo homem e, dessa forma, vivido e modificado.    Leia Mais.....

terça-feira, 11 de outubro de 2011

OCUPAÇÃO HUMANA E MODO DE VIDA NA AMAZÔNIA: BREVES CONSIDERAÇÕES

A relevância das considerações realizadas sobre a importância da cultura cabocla para região amazônica é inquestionável. O modo de vida tropical analisado por Wagley (1988), demonstra uma série de características que singularizam este indivíduo, com suas técnicas e padrões culturais semelhantes em toda Amazônia brasileira, pois o ambiente, aparentemente homogêneo, necessita de aparelhos e equipamentos que se adaptem ao meio. Para que ocorresse essa adaptação, culturas e técnicas diferentes vão formar o “tipo cultural caboclo”, que se apresenta na atualidade, ou seja, através de uma miscigenação e hibridação cultural entre o negro, europeu e, principalmente, o índio que já habitava a região e ainda, posteriormente, o habitante do nordeste brasileiro que também contribuiu para essa miscigenação (OLIVEIRA FILHO, 1979; LIMA, 1999).   Leia Mais...

sábado, 1 de outubro de 2011

O DISCURSO DE CRIAÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: O CASO DAS RESEX

Diversos padrões ditos “sustentáveis” surgem para tentar contornar o problema da escassez dos recursos naturais e a depredação ambiental, aliando-se às possíveis soluções com a necessidade de subsistência dos habitantes. Entre esses modelos, a implantação de Unidades de Conservação vem como mais uma proposta para as questões ambientais que persistem em reproduzir-se no discurso oficial, governamental e não-governamental. Assim, surge um contexto de situações que levam a sociedade em geral a um reconhecimento de que o manejo sustentável dos recursos naturais, a partir de preceitos que envolvem o conceito de desenvolvimento sustentável, constitui-se como uma alternativa para a humanidade subsistir adequadamente, de forma a preservar seu modo de vida e os bens naturais do planeta.    LEIA MAIS...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O ENSINO SUPERIOR E O TRABALHO DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA EM QUESTÃO: APONTAMENTOS PARA UM DEBATE


O ensino superior, em algumas universidades públicas e privadas, no Brasil, tem se mostrado um real desfigurador do que deveria ser o repasse de conhecimento para as demais camadas da população, formando profissionais que tem o dever de alienar cada vez mais a população. A Universidade, principalmente, vem demonstrando ser apenas um fornecedor de um diploma, considerado como "ticket" para o ingresso no mercado de trabalho (JAPIASSÚ, 1999). A sociedade é um ente que, na maioria das vezes, é beneficiada com a produção acadêmica após esta produção já haver sido totalmente captada pelo setor privado, fato que deveria ser o inverso, pois a Universidade não produz para a população? Ou é somente para capacitar mão-de-obra para o mercado?     Leia mais...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O USO DE GEOTECNOLOGIAS E A ESCOLHA DA ESCALA ADEQUADA NOS ESTUDOS AMBIENTAIS


Nos últimos anos, com o avanço da chamada ciência da geoinformação, diversas geotecnologias tem auxiliado a sociedade humana a melhor aproveitar os recursos oferecidos pela natureza, desde aqueles que se encontram em ambientes continentais, até os recursos que se utilizam dos meios aquáticos. É uma “ciência” relativamente nova, que surge a partir da união de técnicas de cartografia, geografia e outras geociências (geodésia, geomática, etc.) e de processos computacionais que ganharam impulso principalmente a partir dos anos 1960-1970 (CÂMARA; MONTEIRO, 2001), com o avanço tecnológico na área da informática e com o progresso dos equipamentos e softwares que compõem as geotecnologias.     Leia mais....

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A CARTOGRAFIA NA ANÁLISE DAS TERRITORIALIDADES DOS ESTUDOS PESQUEIROS


Embora antiga, pode-se considerar que, proporcionalmente ao seu tempo de execução, a atividade pesqueira – principalmente a artesanal, teve pouco avanço tecnológico no que se refere à representação espacial dos locais onde a pesca ocorre, pois muito dessa falta de representação pode ser atribuída ao caráter “secreto”, considerado pelos pescadores, do seu local de pesca. Porém, avanços significativos foram percebidos, principalmente àqueles que possibilitaram ao pescador maiores dias de autonomia em alto-mar e novas formas de aumentar a captura de pescado, um reflexo da confecção de redes de pesca maiores e de apetrechos com mais tecnologia agregada. Além do que, a possibilidade de uso de equipamentos de posicionamento global (GPS), auxilia também a localização dos cardumes de peixe e embarcações e, com isso, na seleção do tipo de pescado que pode ser extraído, além da geração de informações sobre as melhores épocas do ano para se pescar, por espécie de pescado.     Leia mais...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

EXPERIÊNCIAS DE CAPACITAÇÃO COM TERRAVIEW/INPE

Desde épocas remotas a sociedade sempre tentou representar/mapear o espaço em que vive, seja como forma artística ou em busca de representar os locais de convívio ou de alimentação. No decorrer dos anos, técnicas e ferramentas foram agregadas a essas tentativas de ler e compreender o espaço geográfico, aperfeiçoando as leituras sobre o território. Como exemplo, pode-se citar a invenção da bússola, da imprensa e do Sistema de Posicionamento Global (GPS), que facilitaram a localização, a representação e a disseminação do saber cartográfico/geográfico. Nas últimas décadas essa representação se tornou mais “ágil” e comum devido, principalmente, ao uso de ferramentas computadorizadas, que colocaram em um ambiente informatizado as informações geográficas observadas/percebidas no espaço real antes apenas impressas em papel. Leia Mais...

terça-feira, 5 de julho de 2011

O ENSINO DE CARTOGRAFIA NA ERA DA (GEO)INFORMAÇÃO

A forma de educar, de maneira rígida e sem críticas, foi notada durante um longo período nas disciplinas escolares que, durante anos, sofreram poucas modificações em seus conteúdos e no modo de ensinar utilizado pelo educador, considerado tradicional, inflexível e que inibia a criatividade do alunado. A principal característica do ensino tradicional se pauta em disciplinas meramente descritivas, enciclopédicas, decorativas, distantes da realidade vivida pelos alunos, onde o “decoreba”, ainda, acaba imperando. Contudo, nos dias de hoje, com a diversidade de tecnologias disponíveis, os professores tendem a modificar suas práticas docentes, levando em consideração não somente como o aluno demonstra-se em sala, mas como age no seu cotidiano e no relacionamento com a sociedade.    Leia Mais...

sábado, 25 de junho de 2011

O Começo...

Atualmente, as chamadas geotecnologias vêm se destacando como ferramentas eficazes no planejamento, gerenciamento e monitoramento do especo geográfico. A facilidade em sistematizar produtos cartográficos de forma rápida, em espaços com grandes dimensões e a comodidade em se trabalhar com lugares distantes, sem sair de um escritório, fazem com que as geotecnologias sejam interesse de geógrafos, geólogos, engenheiros, e demais profissionais que tem no espaço seu principal instrumento de trabalho.
Para viabilizar o manuseio das ferramentas de geoprocessamento, processamento e manuseio de imagens de satélite e dados vetoriais, vários profissionais optaram pela democratização da informação e disponibilizaram, com alta qualidade, em variados idiomas, uma gama de materiais em formato digital e analógico que vem subsidiando a aprendizagem de cada vez mais profissionais na área. Isso pode ser visualizado pelo aumento de acesso nos blogs que disponibilizam tutoriais, dados vetoriais e arquivos matriciais. Outro exemplo pode ser dado com o aumento nas discussões sobre o assunto que vem sendo tratados pela mídia, com sites e revistas especializados, além do crescimento do número de empresas na área de geotecnologias, o que reflete no aumento na oferta de emprego para profissionais da área, não só no Brasil, mas no mundo todo.
Pelo objeto de trabalho onde as geotecnologias são aplicadas, o espaço geográfico, a vastidão das aplicações também é grande. Pois a elaboração de Sistemas de Informações Geográficas – SIG’s vão desde estudos sobre vetores de doenças – como na aplicação histórica do SIG de Jonh Snow em 1854, em Londres, passando por SIG’s direcionados à área educacional nos dias atuais, e também a aplicação em áreas urbanas e nos cadastros rurais dos municípios, o que mostra a diversidades nas aplicações dessa importante ferramenta.
Este blog é uma contribuição, por meio de textos, discussões e tutoriais, para os profissionais que desejam se atualizar em assuntos relacionados a Ciência Geográfia, a Cartografia e as ferramentas de Geoinformação. Agradecemos todos aqueles que, de alguma forma, contribuem para a democratização e popularização do uso das ferramentas de geotecnologias, seja na forma de tutorias, palestras, ou na divulgação de cursos.