segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Anais do 2º Encontro de Cartografia da UFPA (ENCART)


O 2º Encontro de Cartografia da UFPA (ENCART) realizado entre os dias 06 e 09 de maio de 2019 na Universidade Federal do Pará – Campus Belém, coloca à disposição os anais do evento. Anunciamos que o número de trabalhos submetidos e aceitos foram um total de 30 trabalhos, sendo 7 trabalhos do eixo temático de Cartografia no Ensino e Geotecnologias; 11 trabalhos do eixo temático de Cartografia e Geografia Física e 12 trabalhos do eixo temático de Cartografia e Geografia Humana.

Além desses trabalhos, tivemos 6 palestras com professores e profissionais da área locais e convidados de outras universidades, para contribuir com o debate e com as novas perspectivas nessa área do conhecimento para a comunidade científica participante.


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Nessa edição do 2º ENCART, contamos com a participação especial das professoras da USP: Dra. Maria Elena Ramos Simielli e Dra. Fernanda Padovesi, que são destaque com seus trabalhos nessa área.

Também foram ofertados 5 mini-cursos, sendo eles: Elaboração de Maquetes como Recurso Didático; Cartografia Tátil; Mapeamento e definição de Áreas de Preservação Permanente (APPs) Hídricas com o Software de Geoprocessamento QGIS; Introdução ao Uso de Drones e Introdução ao Uso de GPS.

Esperamos que todas as atividades vivenciadas no evento e para além dele, tenham propiciado uma experiência única aos participantes. Acesse o arquivo aqui...

Prof. Dr. José Edilson Cardoso Rodrigues (FGC/UFPA)
Coordenação Geral

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Livro para Download: PROJETO AGROEXTRATIVISTA E GESTÃO PARTICIPATIVA DOS RECURSOS COMUNS NA VÁRZEA AMAZÔNICA


É com prazer que cumprimos a honrosa missão de prefaciar o livro dos pesquisadores Shaji Thomas, Oriana Almeida e Elysângela Sousa Pinheiro, intitulado Projeto Agroextrativista e Gestão Participativa dos Recursos Comuns na Várzea Amazônica. Acesso aqui... 
Com esta obra, em tema tão relevante, os pesquisadores nos apresentam o resultado de ampla pesquisa realizada na região Oeste do Pará, dedicando atenção às comunidades de várzea do Baixo Amazonas e às estratégias coletivas de gestão dos bens comuns. Para tanto, os pesquisadores tomam como elemento catalisador o modelo de regularização fundiária expresso pelos Projetos de Assentamento Agroextrativista, apresentados como modelo especial de acesso à terra, e voltados à necessidade de integração das agendas sociais e ambientais no Brasil.


Neste contexto, os pesquisadores delineiam como objetivo primaz da pesquisa a análise dos impactos trazidos por este modelo de assentamento na forma de gestão dos recursos comuns de comunidades situadas na várzea do Baixo Amazonas, segundo diferentes níveis de organização institucional existentes em cada região.
O destaque para o cenário da várzea merece ser ressaltado, tendo em vista tratar-se, em geral, de um dos espaços amazônicos mais simbólicos da região, marcado pela função socioambiental, todavia, reiteradamente ignorados pelas políticas públicas e mesmo pelo Direito Agrário e Ambiental.
A obra traça um percurso científico de grande relevância ao percorrer a análise histórica da gestão dos recursos comuns, desde a reflexão da tragédia dos comuns até a proposta de governança interativa dos recursos comuns, aproximando-se da realidade dos povos e comunidades tradicionais, não apenas na Amazônia, mas presentes em todo o mundo.
A aproximação necessária com as questões até hoje irresolutas sobre o regime jurídico da várzea é uma das contribuições de grande relevância que encontramos na pesquisa ora publicada e que nos permite colher subsídios relevantes para o tratamento jurídico e social do tema.
Posteriormente, a obra apresenta uma ampla compreensão da gestão dos recursos naturais de várzea, oferecendo-nos a várzea como um local de produção e reprodução econômica, social, ambiental e cultural, muitas vezes ignorado.
É neste caminhar que os impactos da criação e implantação dos PAE na Várzea do Baixo Amazonas são avaliados, abordando seus pressupostos, sua caracterização, as políticas públicas e os desafios encontrados, até culminar como a reflexão sobre o futuro dos PAE objeto de estudo.
Temos aqui, portanto, uma abordagem científica de enorme relevância para o contexto amazônico, mas também nacional, oferecendo um olhar qualificado sobre uma das políticas públicas recentes no Estado brasileiro, criadas num contexto de ansiedade pelo avanço em políticas públicas reais de sustentabilidade de justiça social.
O olhar sensível dos autores nos apresenta também uma opção de postura científica necessária que utiliza a academia como caixa de ressonância da defesa de Direitos Humanos, em especial os socioambientais.  Acesso aqui... 

Eliane Cristina Pinto Moreira 
Promotora de justiça do Ministério Público do Estado do Pará
Professora da Universidade Federal do Pará

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Lista de sites e repositórios na internet para o geoprocessamento


Autor: Christian Nunes da Silva

Saudações a todos... Neste post, vamos apresentar alguns sites que disponibilizam arquivos vetoriais (.shp, .kmz, .kml) e matriciais (.tiff, .jpeg, etc), e que são considerados como repositórios de dados para o Geoprocessamento. O pedido para a elaboração deste texto foi feito por alunos da disciplina “Sistemas de Informações Geográficas Aplicado à Gestão Ambiental”, do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia (Mestrado do NUMA/UFPA), realizada em Macapá (Amapá), no ano de 2015, onde apresentamos os princípios básicos da Cartografia e do Geoprocessamento.


Vamos divulgar aqui uma pequena lista desses sites ou repositórios, que pretendo atualizar periodicamente. Na sua maioria, esses endereços não necessitam de cadastro do usuário, bastando para o download o seu acesso direto na homepage da instituição. 

Alguns desses sites disponibilizam geometrias temáticas da área total do território brasileiro, outros enfocam apenas uma única temática ou região específica, com uma tabela de atributos também básica, que poderá ser agregada de novos campos posteriormente, dependendo do usuário e do tipo de atividade ao qual o arquivo será trabalhado.


É importante mencionar que se tratam de sites confiáveis, na maioria governamentais, de órgãos responsáveis e que tem competência pela informação divulgada, que prezam pela qualidade da informação, bem como pela sua atualidade, por isso, não deixem de citar essas fontes em seus trabalhos futuros. 

Assim, na lista a seguir vocês podem acessar alguns dos ambientes virtuais (sites) que possibilitam a aquisição de dados geográficos/espaciais em modo vetorial ou matricial, basta clicar no link de cada site para adquirir os arquivos. Logo após o link do site faço uma breve explanação sobre as características principais do repositório. Vamos lá...


Figura 01: Site do PRODES - Monitoramento das Florestas Amazônicas por Satélite


Característica principal: Possibilita o download de dados matriciais (imagens de sensores de remotos), por cena, de diversos tipos de sensores e anos variados. Também dá acesso aos dados de desmatamento em formato .shp existentes no território brasileiro nos últimos anos.


Figura 02: Site do Ministério do Meio Ambiente – I3Geo

Característica principal: O usuário tem nesse site a possibilidade de download de diversos dados ligados a questão ambiental e ao uso e ocupação do solo no Brasil. Nele, há a opção de visualização dos arquivos no mapa interativo do MMA, o I3Geo.

Figura 03: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Característica principal: Assim como o site anterior, o repositório do IBGE disponibiliza um rico acervo, com uma variada gama de temáticas geográficas para download. Os arquivos contêm informações de todo o território brasileiro, tanto em formato vetorial, quanto matricial. Nesse site existem também informações de censos e outros arquivos em diversos outros formatos.

Figura 04: Forest GIS

Característica principal: Trata-se de um site comercial que disponibiliza uma série de dados em formatos diversos, de bases cartográficas de todas as regiões brasileiras de instituições públicas, que estão reunidas por temáticas. Além da base de dados gratuita, o usuário pode comprar mapas e realizar orçamentos de serviços cartográficos diversos.


Figura 05: GeoNetwork opensource - Agencia Nacional de Águas (ANA)
Fonte: http://metadados.ana.gov.br/geonetwork/srv/pt/main.home

Característica principal: Nesse site é possível fazer download das principias bacias hidrográficas do Brasil, com informações sobre Estações pluviométricas, Estações fluviométricas, Estações de qualidade da água, Estações sedimentamétricas, Estações telemétricas, Hidrografia, Malha Municipal e Sedes municipais.


Figura 06: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)

Característica principal: Possibilita informações atuais da malha de rodovias brasileiras em formato shapefile. Com a aquisição destes arquivos usuário pode realizar ações de recorte da malha municipal do Brasil para um município em específico, agregando informações sobre ruas, quadras, lotes e equipamentos urbanos.
  
Figura 07: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE


Característica principal: O site do INPE tem tradição na divulgação e disponibilização gratuita de imagens de sensores remotos. Para seu acesso, o usuário inicialmente deve fazer um cadastro, que lhe habilitará ao download das imagens selecionadas por cena do sensor. Após realizar o login e escolher a imagem, ela estará disponível posteriormente ao usuário por um link no e-mail indicado no cadastro, no qual poderá iniciar o download.

Figura 08: Sistema Compartilhado de Informações Ambientais – SISCOM/IBAMA

Característica principal: Esse site divulga e possibilita ao usuário acessar dados relativos a informações ambientais diversas, além de interações antrópicas que ocorrem em importantes biomas do território brasileiro.
  
Figura 09: Banco de Dados Geográficos do Exército


Característica principal: Nesse site, sugerimos ao usuário o download do manual de usuário, que orienta sobre o acesso à base de dados cartográfica e outras informações sobre o território brasileiro. Para aqueles usuários que estão iniciando no uso de ferramentas deste tipo, há a possibilidade de elaboração de um mapa com a opção de download ou impressão direta do site.

  
Figura 10: Centes for Disease Control and Prevention

Característica principal: Neste link o usuário tem acesso a informações de controle e prevenção de alguns tipos de doenças, existentes em diversos continentes e países do mundo.

Figura 11: Portal Brasileiro de Dados Abertos

Característica principal: O produto apresenta as seguintes unidades territoriais: Municípios, Microrregiões, Mesorregiões e Unidades da Federação. A versão da Malha Municipal disponível retrata informações coletadas no Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

  
Figura 12: Brasil em Relevo – Embrapa (Imagens SRTM)


Característica principal: Aqui o usuário encontrará imagens do Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), coletada pela National Aeronautics and Space Administration – Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço (NASA) com resolução espacial de 90 metros, que permite a geração imagens digitais do relevo terrestre.

Figura 13: Tela de Visualização do Google Earth

Característica principal: Nesta versão gratuita do Google Earth há a possibilidade de manipulação e criação de produtos cartográficos baseados nos arquivos matriciais (imagens de sensores remotos) e nos arquivos vetoriais (formato .kmz e .kml), dispostos em camadas. Novos arquivos vetoriais podem ser gerados a partir da vetorização das imagens e exportados para a manipulação em outro software de geoprocessamento.
  
Figura 14: Monitoramento de Queimadas e Incêndios por Satélite em Tempo Quase-Real


Característica principal: Este site é desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Ele inclui o monitoramento operacional de focos de queimadas e de incêndios florestais detectados por satélites, além do cálculo e previsão do risco de fogo da vegetação.
  
Figura 15: Site da Universidade Federal do Londrina


Característica principal: Informações temáticas diversas sobre o território brasileiro e estados específicos da federação.

Figura 16: Sistema Estadual de Geoinformação - Governo de Goiás


Característica principal: Contêm informações relativas à base planialtimétrica e mapas temáticos do estado de Goiás.

Figura 17: Página do Murilo Cardoso – Consultor em Geotecnologias

Característica principal: Esse site dá acesso a uma série de dados geográficos de continentes, países e, de forma mais específicas, dados cartográficos do território brasileiro. É interessante que o administrador do site oferece ao usuário as informações do arquivo de interesse (Descrição, Formato, Fonte, Base de Dados e Tamanho), que são importantes de serem citadas na fonte do mapa ou no conteúdo do texto que acompanhará o mapa.

Figura 18: Site da U.S. Geological Survey


Característica principal: O site do Serviço Geológico dos Estados Unidos é a página de uma instituição científica, multi-disciplinar e imparcial que se dedica à pesquisa de assuntos relativos à topografia terrestre, dos nossos recursos naturais, e dos desastres naturais e riscos, além de informações sobre biologia, geografia, geologia, informação geomática, entre outras. Nesse endereço o usuário pode realizar o download de imagens de sensores óticos e de microondas como: Landsat, Sentinel 2, e da missão SRTM.
  
Figura 19: Acervo Fundiário do INCRA


Característica principal: Nesse site o usuário encontra dados fundiários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) de todo o território brasileiro. Assim como outras bases de dados cartográficas, as informações do INCRA estão alojadas no I3Geo, que já mostramos anteriormente.
  
Figura 20: Site da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica

Característica principal: A Aneel disponibiliza on line informações diversas sobre geração e distribuição de energia elétrica (eólica, hidroelétrica, termoelétrica, etc). O usuário pode abrir os dados pesquisados diretamente no ArcGis Desktop como um projeto cartográfico, com dados linkados via WMS Server.
  
Figura 21: Copernicus – Programa Europeu de Observação da Terra


Característica principal: Trata-se de um programa da União Europeia que permite o download de dados de países europeus dos sensores das missões Sentinel 1, 2 e 3. Assim como informa o site Geoaplicada, de onde pesquisamos as informações de acesso desse endereço, há necessidade de cadastro e posteriormente login para a realização do download dos dados espaciais.

Figura 22: INDE – Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais

Característica principal: Esse endereço oferece ao usuário informações sobre diversos temas do território brasileiro. Os arquivos podem ser baixados nos formatos KML/KMZ, Shapefile, CSV (tabela), ou por meio do serviço WMS Server. Nesse site, assim como em outros já apresentados aqui, o usuário pode elaborar um mapa adicionando pontos, linhas ou polígonos e, em seguida, há a possibilidade de salvar ou imprimir o mapa criado.

Além desses sites apresentados neste post existem diversos outros com o mesmo objetivo de divulgar o acesso a dados espaciais. Enfatizamos aqui o Geoaplicada, e o site do LabGis/UERJ entre outros já citados que serviram como fonte de pesquisa para esse texto.

Mas atenção, para a pesquisa de dados geográficos para o geoprocessamento é importante buscar sites confiáveis, uma vez que cada instituição mantém sua área de atuação ou temática atualizada. Algumas instituições pública – como aqui citadas, disponibilizam o que pode se tornar uma tendência nos próximos anos, que instituições federais, estaduais e municipais criem seus próprios sites e ofereçam bases de dados cartográficas para outros usuários.

Contudo, além da competência de cada instituição em gerar os arquivos .shp, kml ou outro formato, é necessário que o usuário saiba a forma de aquisição e/ou geração da informação, os tipos de resolução de cada dado (no caso de imagens de sensoriamento remoto é imprescindível que o usuário conheça as resoluções temporais, radiométricas, espaciais e espectrais), além de ter conhecimento da escala cartográfica em que o dado foi coletado, para evitar generalizações entre diferentes dados vetoriais e matriciais no momento da elaboração do mapa final.

Alguns sites destacam os metadados dos arquivos disponíveis, ou seja, as informações básicas sobre a geração, data de elaboração e/ou coleta, escala cartográfica, entre outras. Lembramos que também existem blog’s (como o geoluislopes.com) que permitem o download de tutoriais dos principais softwares de geoprocessamento (Terraview, QuantumGis, KosmoGis, Envi, ArcGis, GvSig, etc), compatíveis com os arquivos vetoriais e matriciais dos sites apresentados.

Espero ter contribuído com esse post e aguardamos sugestões para o incremento do texto com novidades de outros sites.